quarta-feira, 15 de maio de 2013

Hoje estou com sorte...também encontrei indicações fitoterápicas do plátano. Essas indicações não são de minha autoria, mas encontradas na internet. O mesmo acorre com as indicações da araucária.


FARMÁCIAS VIVAS: A MEDICINA POPULAR POPULAR 
BRASILEIRA EM JUIZ DE FORA – MG.
Prof. Dr. J. B. Picinini Teixeira
Coordenador do PROPLAMED/TNC - UFJF
O presente artigo resgata a Medicina Popular Brasileira – Farmácias vivas 
e Fitomedicamentos em Juiz de Fora – MG e cidades vizinhas. Trata-se de uma 
contribuição ao estudo das Plantas Medicinais utilizadas pela população de Juiz de 
Fora e circunvizinhanças no final do século passado (décadas de 1960 a 1980). Esse 
trabalho serviu de base para a construção do Horto Medicinal da Faculdade de 
Farmácia da UFJF quando fui o coordenador do mesmo.
Levantamento das Plantas Medicinais Utilizadas pela População de Juiz 
de Fora e cidades vizinhas
Prof. J. B. Picinini Teixeira 
1969 – 1972



393. Plátano Casca, raízes, folhas para febres, adstringente, banhar úlceras, e feridas.

(Fonte: http://www.ufjf.br/proplamed/files/2011/04/Picinini-Fitoterapia-1972-11.pdf).



1. Imagem de Stock: Folhas de plátano da árvore do outono de encontro ao céu azul (Fonte: http://pt.dreamstime.com/imagem-de-stock-folhas-de-pl%C3%A1tano-da-%C3%A1rvore-do-outono-de-encontro-ao-c%C3%A9u-azul-image20153971).
Vejam que interessante esses comentários encontrados, finalmente encontrei indicações fitoterápicas da araucária!


Araucaria angustifolia - Pinheiro

Nomes populares
Pinheiro, pinheiro-do-paraná, pinheiro-brasileiro
Nome científico
Araucaria angustifolia (Bert.) O. Kuntze
Basionônio
Sinônimos
Araucaria angustifolia var. alba Reitz
Araucaria angustifolia var. caiova Reitz
Araucaria angustifolia var. caiuva Mattos
Araucaria angustifolia var. dependens Mattos
Araucaria angustifolia var. indehiscens Mattos
Araucaria angustifolia var. monoica Reitz
Araucaria angustifolia var. nigra Reitz
Araucaria angustifolia var. sancti-josephi Reitz
Araucaria angustifolia var. semialba Reitz
Araucaria angustifolia var. stricta Reitz
Araucaria angustifolia var. vinacea Mattos
Araucaria brasiliana A.Rich.
Araucaria brasiliana var. elegans (Carrière) L.H.Bailey & Raffill
Araucaria brasiliensis var. saviana (Parl.) Parl.
Araucaria brasiliensis Loudon
Araucaria dioica (Vell.) Stellfeld
Araucaria elegans Carrière
Araucaria ridolfiana Pi.Savi
Araucaria saviana Parl.
Columbea angustifolia Bertol.
Columbea brasiliana (A.Rich.) Carrière
Pinus dioica Vell.
Família
Araucariaceae
Tipo
Nativa, não endêmica do Brasil.
Descrição
Árvore com altura de 10 até 60m, tronco retilíneo e cilíndrico, com 50 até 180 cm de diâmetro.
Casca externa grossa, com cor marrom-arroxeada, persistente e áspera. A copa do pinheiro 
sofre mudanças ao longo da vida, pois no início tem a forma umbeliforme, ou seja, em forma 
de guarda-chuva, e depois passa a ter a forma de cálice, ou caliciforme. As folhas são simples, 
espiraladas, lanceoladas, coriáceas, pungentes, com 3-6 cm de comprimento, por 0,5-1 cm de
largura. As flores são dióicas, sendo as femininas em estróbilos, conhecidos como pinhas, e as
masculinas são cilíndricas, alongadas e com escamas coriáceas. Medem de 10 a 22 cm de 
comprimento, por 2 a 5 cm de diâmetro.
Característica
Floração / frutificação
Frutifica nos meses de abril e maio.
Dispersão
Zoocórica
Hábitat
O Pinheiro é uma árvore perenifólia, heliófita, pioneira e característica das regiões de altitude da 
Floresta Ombrófila Mista, ou Mata de Pinhais, é a espécie dominante no dossel superior da floresta, 
mas ocorre também na Floresta Ombrófila Densa e Floresta Estacional Decidual. Geralmente é
encontrada em regiões com mais de 500m de altitude, estando associada ao Pinheiro-bravo –
Podocarpus lambertii.
Distribuição geográfica
Sudeste (Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro), Sul (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul) 
(SOUZA, 2010).
Etimologia
Propriedades
Fitoquímica
Composição por 100 g de parte comestível: Calorias, nutrimentos e minerais
Calorias 282, Proteínas 5,3(g), Lipídios 1,3(g), Glicídios 62,1(g), Fibra 17,1(g), Cálcio 37(mg), 
Fósforo 78(mg), Ferro 6,5(mg)
Composição por 100 g de parte comestível: Vitaminas
Vitamina B1 1,28(mg), Vitamina B2 0,23(mg), Niacina 4,5(mg)

Fitoterapia
O chá das folhas é diurético e utilizado para combater bronquite, asma, tosses, catarro problemas
nos rins, combate à anemia. O óleo obtido do fruto é indicado contra dores musculares, articulares, 
infecções e catarro pulmonar.

Fitoeconomia

As duas maneiras mais comuns de se cozinhar os pinhões são na brasa e na água. Mas existem muitas 
outras formas de saborear este alimento, dos aperitivos às sobremesas, passando por carnes de panela
e farofas. Os pinhões cozidos possuem índice glicêmico 23% menor em relação ao pão branco. Além de ser
uma boa fonte de amido, também é importante fonte de fibra alimentar e de minerais como magnésio (Mg) e
cobre (Cu). Os brotos da ponta dos ramos também são utilizados ocasionalmente como alimento, é o
popular mata-fome. Existe também a produção artesanal de licor produzido a partir da essência das folhas.
Comentários
Na língua Guarani é chamado de Kuri’y, é uma árvore que está fortemente associada ao universo dos 
elementos simbólicos da cultura guarani, sendo um importante referencial cosmológico do grupo.
É a provável origem do nome do município de Curitiba/PR.
Devido à qualidade de sua madeira, o pinheiro encontra-se nas Listas de Espécies Ameaçadas de Extinção,
sendo considerada rara.
A propagação da espécie depende decisivamente da ave chamada Gralha-azul, pois esta, ao esconder os
pinhões no solo para serem consumidos mais tarde, esquece-os ali, facilitando o nascimento de um novo 
indivíduo.
Existem (apesar de raríssimas) pelo menos quatro variedades de pinheiro no Sul do Brasil que fornecem frutos
comestíveis; sendo elas: o pinheiro (Araucaria angustifolia var. angustifolia), cuja maturação dos frutos dá-se 
nos meses de abril e maio (esta é a espécie mais comum atualmente), o pinheiro-caiova(Araucaria angustifolia
 var. caiova), maturando entre junho e julho, o pinheiro-macaco(Araucaria angustifolia var.  indehiscens), de 
agosto a janeiro, na qual o pinhão não cai da pinha; e o pinheirosão-josé(Araucaria angustifolia var. 
sancti josephi), com a maturação em fevereiro e março. Este fornecimento de pinhões durante todo o ano era 
essencial na sobrevivência dos povos indígenas que habitavam as regiões de Mata de Araucária.
FONSECA(1922) afirmava a respeito do pinheiro:
“... as cinzas provenientes da queima da casca contém muita potassa, que é empregada no fabrico do sabão...”
“... produz uma resina aromática, substituta da terebintina dos pins e sapins europeus...”
“... Coritiba (hoje Curitiba) deve o nome à abundância do pinheiro, visto significar em língua indígena muito 
pinhão: curi = pinhão, e tuva, donde tiba = muito.
(Fonte: https://sites.google.com/site/florasbs/araucariaceae/pinheiro)



1. Araucária ou pinheiro-do-paraná (Fonte: https://sites.google.com/site/florasbs/araucariaceae/pinheiro)




2. Pinha da araucária (Fonte: https://sites.google.com/site/florasbs/araucariaceae/pinheiro)




3- Broto da araucária (Fonte: https://sites.google.com/site/florasbs/araucariaceae/pinheiro)

terça-feira, 14 de maio de 2013

Vejam que interessante essa informação sobre as folhas do plátano, em alguns lugares de Portugal, essas folhas recebem o nome de palminervia.


O Plátano
Foto 13.jpg (14723 bytes)
Existem muitos plátanos na serra de São Mamede.
As nervuras das folhas são como a palma da mão por isso se chama palminervia. (Fonte: http://aproximar.drealentejo.pt/Carreiras/Projectos/flora/flora1.htm)
Olá pessoal! Continuo a minha pesquisa sobre plátanos e araucárias. Dessa vez estou tentando encontrar alguma aplicação terapêutica desses dois vegetais. Não tenho conseguido encontrar nada diretamente relacionado a isso. Se alguém souber de alguma coisa nesse sentido, por favor, contribuam com esse blog.
Na realidade, tenho encontrado muitas indicações terapêuticas da banana, que em alguns países recebe o nome de plátano. Na realidade, esse tipo de banana seria mais dura, maior, não tão doce como aquelas que normalmente conhecemos e não são consumidas cruas. Geralmente em países de língua espanhola, as bananas recebem também o nome de plátanos)
Vejam essa explicação abaixo: 
«Vulgarmente, inclusive para efeitos comerciais, o termo "banana" refere-se às frutas de polpa macia e doce que podem ser consumidas cruas. Contudo, existem variedades de polpa mais rija e casca mais firme e verde, geralmente designadas por plátanos, banana-pão ou plantains, que chegam a ter de 30 a 40 cm de comprimento, e são consumidas fritas, cozidas ou assadas, constituindo o alimento base de muitas populações de regiões tropicais, onde, muitas vezes, ocupam o lugar de pão às refeições - daí o nome.» (Fonte: http://entreasbrumasdamemoria.blogspot.com.br/2007/08/bananas-e-pltanos.html).


1. Banana (Fonte: ptviknoticia.com)



2. Plátano ou banana-pão (Fonte: http://www.tierramerica.com)

sábado, 11 de maio de 2013

Leiam esse artigo e descubram como o plátano chegou ao Brasil, como é o seu plantio e algumas maneiras de aproveitar a sua madeira.


O gênero Platanus da família Platanaceae é uma árvore nativa da Eurásia e da América do Norte típica dos climas subtropicais e temperados. Os plátanos são árvores de interesse ornamental, podendo atingir mais de 30 metros de altura. Possuem folhas lobadas semelhantes às do bordo que ficam avermelhadas no outono antes de caírem no inverno. As flores reunidas em inflorescências globosas diferenciam-se dos amentos presentes nos bordos, contrastando também pela ausência de resina nos plátanos, entre outras diferenças estruturais menores.

O gênero Platanus compreende dez espécies e vários híbridos, cultivados para fins ornamentais, mas também comerciais. Sua madeira é usada na produção de lenha, pisos, paredes e barroteamento na construção civil, cabos de ferramentas, puxadores e espelhos de luz, artesanato e móveis. Recentemente, o plátano tem sido plantado para obtenção de madeira utilizada na fabricação de móveis vergados em substituição à madeira do açoita-cavalo (Luehea divaricata), uma espécie nativa cuja regeneração natural tem sido satisfatória na Bacia do rio Camaquã. A madeira da árvore foi apontada como a melhor alternativa para o fornecimento de matéria-prima nobre ao setor moveleiro em substituição às espécies nativas.

Entre as qualidades do plátano destaca-se a flexibilidade. As pesquisas realizadas até agora mostram que a espécie pode ser cortada entre 10 e 15 anos. A árvore cultivada no Brasil é o Platanus x acerifolia, uma espécie híbrida que chegou à região Sul com os imigrantes italianos, ainda no século XIX, fruto do cruzamento espontâneo da árvore européia Platanus orientalis com a canadense Platanus occidentalis. O plátano se adapta melhor ao Sul do Brasil devido ao clima frio. As mudas produzidas pela árvore são obtidas pelo método de estaquia.

Fonte: AGEFLOR, Thonart e Wikipedia

Foto de uma alameda de plátanos (Fonte: sombraverdeblogspot.com).


Fazendo pesquisas para alimentar esse blog, me deparei com essas informações curiosas sobre os plátanos. Vejam só:


APLICAÇÕES

A madeira do plátano é dura e muito resistente, sendo muito parecida com a da faia. Por isso, por vezes erroneamente, chamam faia ao plátano. Esta madeira, pardo-amarelada é utilizada em marcenaria e carpintaria, sendo também um bom combustível.
As folhas, casca e frutos foram utilizados em medicina popular, tendo-se perdido completamente esta aplicação.
  
Como esta árvore tem o tronco esverdeado e uma copa muito ampla, é considerada uma das me­lhores árvores no combate à poluição do ar citadino. Por isso foi uma árvore muito plantada na cidade de Londres, quando ali se deu início, há décadas, ao combate ao conhecido “smog”, nevoeiro londrino pleno de fumos, que matou tanta gente e que, praticamente, já não existe nos nossos dias.

Como os fruto dos plátanos são muito pequenos, leves e rodeados de
pêlos basilares, dispersam-se facilmente pelo vento, provocando muitas
vezes reações alérgicas nos olhos e vias respiratórias.

Os plátanos são árvores com grande longevidade, conhecendo-se alguns exemplares do plátano Europeu (Platanus orientalis L.) com cerca de 2000 anos. Não são atacados por insetos, mas são susceptíveis a um fungo (Apiognomonia veneta). O fungo infecta facilmente os plátanos através das feridas resultantes das podas, particularmente das mal executadas provocando-lhes uma doença conhecida por antracnose, que lhes provoca a descoloração das folhas, seguida da perda das mesmas e finalmente a morte. Provoca também a morte prematura das gemas e ocasionalmente, alargada para grandes cancros nos ramos. Esta doença é mais intensa nos verões frescos e úmidos e nas árvores menos adaptadas a estas condições. Felizmente pouca vezes é fatal, pois as folhas que morrem são imediatamente substituídas por folhas novas. Apesar de existir no mercado um fungicida que dá bons resultados contra este fungo, há no nosso país, cada vez mais plátanos doentes, até árvores ainda jovens, devido ao hábito de as podarem anual­mente. A poda é pois um veículo fácil para a propagação de agentes patogênicos. 
(Fonte: http://www.prof2000.pt/users/isaura_r/platano1.htm


1. Plátano (folhas douradas no outono)


Como puderam perceber, neste blog estamos falando basicamente dos plátanos e araucárias e de assunto relacionados com essas duas árvores, inclusive de alguns animais que se alimentam dos frutos e folas dessas árvores. Aproveitando a oportunidade, também estarei fazendo alguns comentários e postando fotos sobre a destruição da fauna e flora nesse mundão.
Em uma postagem anterior, falei alguma coisa e postei algumas fotos sobre a destruição da araucária, hoje estarei mostrando reportagens e fotos da destruição de plátanos em Portugal. Vejam a reportagem abaixo:


Estradas de Portugal abatem Plátanos centenários em Azeitão - Quercus recebeu várias denúncias


Alguns dos plátanos abatidos eram árvores centenárias, de grande porte, algumas com mais de metro diâmetro do tronco, constituindo uma referência paisagística e uma imagem de marca na região, ladeando a Quinta das Torres em frente às caves de José Maria da Fonseca.

A maioria das árvores não apresentava problemas fitossanitários graves que constituíssem uma ameaça séria à segurança rodoviária, pelo que não se entende a razão de recorrer ao abate indiscriminado de todo o alinhamento de árvores onde existiam também ciprestes e outras espécies.

As árvores abatidas já tinham sido podadas em anos anteriores, com algumas intervenções menos cuidadas que, pontualmente, foram passíveis de promover a degradação do seu estado sanitário.

As árvores não se encontravam junto a habitações e o risco de queda para a estrada era reduzido, o que se confirma com as condições climatéricas adversas dos invernos passados sem que tenha caído nenhuma árvore. A eventual queda de ramos podia ser evitada se a Estradas de Portugal efectuassem uma boa gestão do arvoredo com intervenções de podas cirúrgicas com suporte técnico, que resolveriam a situação.

O motivo pelo qual a Estradas de Portugal decidiu abater árvores centenárias em bom estado de conservação indignou a população de Azeitão, assim como muitos automobilistas que circulavam na EN 10 entre Azeitão e Setúbal.
 

Após as denúncias, a Quercus também esteve no local e considera claramente abusivo o abate da maioria destas árvores, dado que existiam outras soluções técnicas a executar. Em alguns dos troncos existentes foram de facto detectados problemas fitossanitários pontuais, mas que poderiam ter sido resolvidos sem o abate de todo o arvoredo. Até a Câmara Municipal de Setúbal reitera o total desacordo pelo abate dos plátanos centenários conduzido pela Estradas de Portugal. Lamentamos pois que a decisão tenha sido a de abater dezenas de árvores sem uma efectiva fundamentação do risco de queda sobre a rodovia.

A Quercus relembra, no entanto, que têm acontecido nos últimos tempos situações semelhantes da responsabilidade da Estradas de Portugal, e que continua a não existir um sistema com apoio técnico que fundamente as intervenções no arvoredo público junto das estradas nacionais. Com efeito, toda e qualquer decisão de abate de árvores públicas devem ser justificadas tecnicamente e sempre que não existam outras soluções como as podas cirúrgicas.


Em reunião agendada para breve com a Estradas de Portugal, a Quercus irá expor as suas preocupações relativas a este tipo de práticas, bem como a necessidade de promoção de um sistema que fundamente tecnicamente a necessidade de abater as árvores, recorrendo a diagnósticos com base em relatórios fitossanitários, incluindo análises de risco para a segurança rodoviária, no sentido de promover uma gestão do arvoredo mais sustentável e coerente.

(Fonte: http://www.quercus.pt/comunicados-nucleo-setubal/1088-estradas-de-portugal-abatem-platanos-centenarios-em-azeitao-quercus-recebeu-varias-denuncias)