sábado, 11 de maio de 2013

Como puderam perceber, neste blog estamos falando basicamente dos plátanos e araucárias e de assunto relacionados com essas duas árvores, inclusive de alguns animais que se alimentam dos frutos e folas dessas árvores. Aproveitando a oportunidade, também estarei fazendo alguns comentários e postando fotos sobre a destruição da fauna e flora nesse mundão.
Em uma postagem anterior, falei alguma coisa e postei algumas fotos sobre a destruição da araucária, hoje estarei mostrando reportagens e fotos da destruição de plátanos em Portugal. Vejam a reportagem abaixo:


Estradas de Portugal abatem Plátanos centenários em Azeitão - Quercus recebeu várias denúncias


Alguns dos plátanos abatidos eram árvores centenárias, de grande porte, algumas com mais de metro diâmetro do tronco, constituindo uma referência paisagística e uma imagem de marca na região, ladeando a Quinta das Torres em frente às caves de José Maria da Fonseca.

A maioria das árvores não apresentava problemas fitossanitários graves que constituíssem uma ameaça séria à segurança rodoviária, pelo que não se entende a razão de recorrer ao abate indiscriminado de todo o alinhamento de árvores onde existiam também ciprestes e outras espécies.

As árvores abatidas já tinham sido podadas em anos anteriores, com algumas intervenções menos cuidadas que, pontualmente, foram passíveis de promover a degradação do seu estado sanitário.

As árvores não se encontravam junto a habitações e o risco de queda para a estrada era reduzido, o que se confirma com as condições climatéricas adversas dos invernos passados sem que tenha caído nenhuma árvore. A eventual queda de ramos podia ser evitada se a Estradas de Portugal efectuassem uma boa gestão do arvoredo com intervenções de podas cirúrgicas com suporte técnico, que resolveriam a situação.

O motivo pelo qual a Estradas de Portugal decidiu abater árvores centenárias em bom estado de conservação indignou a população de Azeitão, assim como muitos automobilistas que circulavam na EN 10 entre Azeitão e Setúbal.
 

Após as denúncias, a Quercus também esteve no local e considera claramente abusivo o abate da maioria destas árvores, dado que existiam outras soluções técnicas a executar. Em alguns dos troncos existentes foram de facto detectados problemas fitossanitários pontuais, mas que poderiam ter sido resolvidos sem o abate de todo o arvoredo. Até a Câmara Municipal de Setúbal reitera o total desacordo pelo abate dos plátanos centenários conduzido pela Estradas de Portugal. Lamentamos pois que a decisão tenha sido a de abater dezenas de árvores sem uma efectiva fundamentação do risco de queda sobre a rodovia.

A Quercus relembra, no entanto, que têm acontecido nos últimos tempos situações semelhantes da responsabilidade da Estradas de Portugal, e que continua a não existir um sistema com apoio técnico que fundamente as intervenções no arvoredo público junto das estradas nacionais. Com efeito, toda e qualquer decisão de abate de árvores públicas devem ser justificadas tecnicamente e sempre que não existam outras soluções como as podas cirúrgicas.


Em reunião agendada para breve com a Estradas de Portugal, a Quercus irá expor as suas preocupações relativas a este tipo de práticas, bem como a necessidade de promoção de um sistema que fundamente tecnicamente a necessidade de abater as árvores, recorrendo a diagnósticos com base em relatórios fitossanitários, incluindo análises de risco para a segurança rodoviária, no sentido de promover uma gestão do arvoredo mais sustentável e coerente.

(Fonte: http://www.quercus.pt/comunicados-nucleo-setubal/1088-estradas-de-portugal-abatem-platanos-centenarios-em-azeitao-quercus-recebeu-varias-denuncias)

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