quarta-feira, 15 de maio de 2013

Hoje estou com sorte...também encontrei indicações fitoterápicas do plátano. Essas indicações não são de minha autoria, mas encontradas na internet. O mesmo acorre com as indicações da araucária.


FARMÁCIAS VIVAS: A MEDICINA POPULAR POPULAR 
BRASILEIRA EM JUIZ DE FORA – MG.
Prof. Dr. J. B. Picinini Teixeira
Coordenador do PROPLAMED/TNC - UFJF
O presente artigo resgata a Medicina Popular Brasileira – Farmácias vivas 
e Fitomedicamentos em Juiz de Fora – MG e cidades vizinhas. Trata-se de uma 
contribuição ao estudo das Plantas Medicinais utilizadas pela população de Juiz de 
Fora e circunvizinhanças no final do século passado (décadas de 1960 a 1980). Esse 
trabalho serviu de base para a construção do Horto Medicinal da Faculdade de 
Farmácia da UFJF quando fui o coordenador do mesmo.
Levantamento das Plantas Medicinais Utilizadas pela População de Juiz 
de Fora e cidades vizinhas
Prof. J. B. Picinini Teixeira 
1969 – 1972



393. Plátano Casca, raízes, folhas para febres, adstringente, banhar úlceras, e feridas.

(Fonte: http://www.ufjf.br/proplamed/files/2011/04/Picinini-Fitoterapia-1972-11.pdf).



1. Imagem de Stock: Folhas de plátano da árvore do outono de encontro ao céu azul (Fonte: http://pt.dreamstime.com/imagem-de-stock-folhas-de-pl%C3%A1tano-da-%C3%A1rvore-do-outono-de-encontro-ao-c%C3%A9u-azul-image20153971).
Vejam que interessante esses comentários encontrados, finalmente encontrei indicações fitoterápicas da araucária!


Araucaria angustifolia - Pinheiro

Nomes populares
Pinheiro, pinheiro-do-paraná, pinheiro-brasileiro
Nome científico
Araucaria angustifolia (Bert.) O. Kuntze
Basionônio
Sinônimos
Araucaria angustifolia var. alba Reitz
Araucaria angustifolia var. caiova Reitz
Araucaria angustifolia var. caiuva Mattos
Araucaria angustifolia var. dependens Mattos
Araucaria angustifolia var. indehiscens Mattos
Araucaria angustifolia var. monoica Reitz
Araucaria angustifolia var. nigra Reitz
Araucaria angustifolia var. sancti-josephi Reitz
Araucaria angustifolia var. semialba Reitz
Araucaria angustifolia var. stricta Reitz
Araucaria angustifolia var. vinacea Mattos
Araucaria brasiliana A.Rich.
Araucaria brasiliana var. elegans (Carrière) L.H.Bailey & Raffill
Araucaria brasiliensis var. saviana (Parl.) Parl.
Araucaria brasiliensis Loudon
Araucaria dioica (Vell.) Stellfeld
Araucaria elegans Carrière
Araucaria ridolfiana Pi.Savi
Araucaria saviana Parl.
Columbea angustifolia Bertol.
Columbea brasiliana (A.Rich.) Carrière
Pinus dioica Vell.
Família
Araucariaceae
Tipo
Nativa, não endêmica do Brasil.
Descrição
Árvore com altura de 10 até 60m, tronco retilíneo e cilíndrico, com 50 até 180 cm de diâmetro.
Casca externa grossa, com cor marrom-arroxeada, persistente e áspera. A copa do pinheiro 
sofre mudanças ao longo da vida, pois no início tem a forma umbeliforme, ou seja, em forma 
de guarda-chuva, e depois passa a ter a forma de cálice, ou caliciforme. As folhas são simples, 
espiraladas, lanceoladas, coriáceas, pungentes, com 3-6 cm de comprimento, por 0,5-1 cm de
largura. As flores são dióicas, sendo as femininas em estróbilos, conhecidos como pinhas, e as
masculinas são cilíndricas, alongadas e com escamas coriáceas. Medem de 10 a 22 cm de 
comprimento, por 2 a 5 cm de diâmetro.
Característica
Floração / frutificação
Frutifica nos meses de abril e maio.
Dispersão
Zoocórica
Hábitat
O Pinheiro é uma árvore perenifólia, heliófita, pioneira e característica das regiões de altitude da 
Floresta Ombrófila Mista, ou Mata de Pinhais, é a espécie dominante no dossel superior da floresta, 
mas ocorre também na Floresta Ombrófila Densa e Floresta Estacional Decidual. Geralmente é
encontrada em regiões com mais de 500m de altitude, estando associada ao Pinheiro-bravo –
Podocarpus lambertii.
Distribuição geográfica
Sudeste (Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro), Sul (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul) 
(SOUZA, 2010).
Etimologia
Propriedades
Fitoquímica
Composição por 100 g de parte comestível: Calorias, nutrimentos e minerais
Calorias 282, Proteínas 5,3(g), Lipídios 1,3(g), Glicídios 62,1(g), Fibra 17,1(g), Cálcio 37(mg), 
Fósforo 78(mg), Ferro 6,5(mg)
Composição por 100 g de parte comestível: Vitaminas
Vitamina B1 1,28(mg), Vitamina B2 0,23(mg), Niacina 4,5(mg)

Fitoterapia
O chá das folhas é diurético e utilizado para combater bronquite, asma, tosses, catarro problemas
nos rins, combate à anemia. O óleo obtido do fruto é indicado contra dores musculares, articulares, 
infecções e catarro pulmonar.

Fitoeconomia

As duas maneiras mais comuns de se cozinhar os pinhões são na brasa e na água. Mas existem muitas 
outras formas de saborear este alimento, dos aperitivos às sobremesas, passando por carnes de panela
e farofas. Os pinhões cozidos possuem índice glicêmico 23% menor em relação ao pão branco. Além de ser
uma boa fonte de amido, também é importante fonte de fibra alimentar e de minerais como magnésio (Mg) e
cobre (Cu). Os brotos da ponta dos ramos também são utilizados ocasionalmente como alimento, é o
popular mata-fome. Existe também a produção artesanal de licor produzido a partir da essência das folhas.
Comentários
Na língua Guarani é chamado de Kuri’y, é uma árvore que está fortemente associada ao universo dos 
elementos simbólicos da cultura guarani, sendo um importante referencial cosmológico do grupo.
É a provável origem do nome do município de Curitiba/PR.
Devido à qualidade de sua madeira, o pinheiro encontra-se nas Listas de Espécies Ameaçadas de Extinção,
sendo considerada rara.
A propagação da espécie depende decisivamente da ave chamada Gralha-azul, pois esta, ao esconder os
pinhões no solo para serem consumidos mais tarde, esquece-os ali, facilitando o nascimento de um novo 
indivíduo.
Existem (apesar de raríssimas) pelo menos quatro variedades de pinheiro no Sul do Brasil que fornecem frutos
comestíveis; sendo elas: o pinheiro (Araucaria angustifolia var. angustifolia), cuja maturação dos frutos dá-se 
nos meses de abril e maio (esta é a espécie mais comum atualmente), o pinheiro-caiova(Araucaria angustifolia
 var. caiova), maturando entre junho e julho, o pinheiro-macaco(Araucaria angustifolia var.  indehiscens), de 
agosto a janeiro, na qual o pinhão não cai da pinha; e o pinheirosão-josé(Araucaria angustifolia var. 
sancti josephi), com a maturação em fevereiro e março. Este fornecimento de pinhões durante todo o ano era 
essencial na sobrevivência dos povos indígenas que habitavam as regiões de Mata de Araucária.
FONSECA(1922) afirmava a respeito do pinheiro:
“... as cinzas provenientes da queima da casca contém muita potassa, que é empregada no fabrico do sabão...”
“... produz uma resina aromática, substituta da terebintina dos pins e sapins europeus...”
“... Coritiba (hoje Curitiba) deve o nome à abundância do pinheiro, visto significar em língua indígena muito 
pinhão: curi = pinhão, e tuva, donde tiba = muito.
(Fonte: https://sites.google.com/site/florasbs/araucariaceae/pinheiro)



1. Araucária ou pinheiro-do-paraná (Fonte: https://sites.google.com/site/florasbs/araucariaceae/pinheiro)




2. Pinha da araucária (Fonte: https://sites.google.com/site/florasbs/araucariaceae/pinheiro)




3- Broto da araucária (Fonte: https://sites.google.com/site/florasbs/araucariaceae/pinheiro)

terça-feira, 14 de maio de 2013

Vejam que interessante essa informação sobre as folhas do plátano, em alguns lugares de Portugal, essas folhas recebem o nome de palminervia.


O Plátano
Foto 13.jpg (14723 bytes)
Existem muitos plátanos na serra de São Mamede.
As nervuras das folhas são como a palma da mão por isso se chama palminervia. (Fonte: http://aproximar.drealentejo.pt/Carreiras/Projectos/flora/flora1.htm)
Olá pessoal! Continuo a minha pesquisa sobre plátanos e araucárias. Dessa vez estou tentando encontrar alguma aplicação terapêutica desses dois vegetais. Não tenho conseguido encontrar nada diretamente relacionado a isso. Se alguém souber de alguma coisa nesse sentido, por favor, contribuam com esse blog.
Na realidade, tenho encontrado muitas indicações terapêuticas da banana, que em alguns países recebe o nome de plátano. Na realidade, esse tipo de banana seria mais dura, maior, não tão doce como aquelas que normalmente conhecemos e não são consumidas cruas. Geralmente em países de língua espanhola, as bananas recebem também o nome de plátanos)
Vejam essa explicação abaixo: 
«Vulgarmente, inclusive para efeitos comerciais, o termo "banana" refere-se às frutas de polpa macia e doce que podem ser consumidas cruas. Contudo, existem variedades de polpa mais rija e casca mais firme e verde, geralmente designadas por plátanos, banana-pão ou plantains, que chegam a ter de 30 a 40 cm de comprimento, e são consumidas fritas, cozidas ou assadas, constituindo o alimento base de muitas populações de regiões tropicais, onde, muitas vezes, ocupam o lugar de pão às refeições - daí o nome.» (Fonte: http://entreasbrumasdamemoria.blogspot.com.br/2007/08/bananas-e-pltanos.html).


1. Banana (Fonte: ptviknoticia.com)



2. Plátano ou banana-pão (Fonte: http://www.tierramerica.com)

sábado, 11 de maio de 2013

Leiam esse artigo e descubram como o plátano chegou ao Brasil, como é o seu plantio e algumas maneiras de aproveitar a sua madeira.


O gênero Platanus da família Platanaceae é uma árvore nativa da Eurásia e da América do Norte típica dos climas subtropicais e temperados. Os plátanos são árvores de interesse ornamental, podendo atingir mais de 30 metros de altura. Possuem folhas lobadas semelhantes às do bordo que ficam avermelhadas no outono antes de caírem no inverno. As flores reunidas em inflorescências globosas diferenciam-se dos amentos presentes nos bordos, contrastando também pela ausência de resina nos plátanos, entre outras diferenças estruturais menores.

O gênero Platanus compreende dez espécies e vários híbridos, cultivados para fins ornamentais, mas também comerciais. Sua madeira é usada na produção de lenha, pisos, paredes e barroteamento na construção civil, cabos de ferramentas, puxadores e espelhos de luz, artesanato e móveis. Recentemente, o plátano tem sido plantado para obtenção de madeira utilizada na fabricação de móveis vergados em substituição à madeira do açoita-cavalo (Luehea divaricata), uma espécie nativa cuja regeneração natural tem sido satisfatória na Bacia do rio Camaquã. A madeira da árvore foi apontada como a melhor alternativa para o fornecimento de matéria-prima nobre ao setor moveleiro em substituição às espécies nativas.

Entre as qualidades do plátano destaca-se a flexibilidade. As pesquisas realizadas até agora mostram que a espécie pode ser cortada entre 10 e 15 anos. A árvore cultivada no Brasil é o Platanus x acerifolia, uma espécie híbrida que chegou à região Sul com os imigrantes italianos, ainda no século XIX, fruto do cruzamento espontâneo da árvore européia Platanus orientalis com a canadense Platanus occidentalis. O plátano se adapta melhor ao Sul do Brasil devido ao clima frio. As mudas produzidas pela árvore são obtidas pelo método de estaquia.

Fonte: AGEFLOR, Thonart e Wikipedia

Foto de uma alameda de plátanos (Fonte: sombraverdeblogspot.com).


Fazendo pesquisas para alimentar esse blog, me deparei com essas informações curiosas sobre os plátanos. Vejam só:


APLICAÇÕES

A madeira do plátano é dura e muito resistente, sendo muito parecida com a da faia. Por isso, por vezes erroneamente, chamam faia ao plátano. Esta madeira, pardo-amarelada é utilizada em marcenaria e carpintaria, sendo também um bom combustível.
As folhas, casca e frutos foram utilizados em medicina popular, tendo-se perdido completamente esta aplicação.
  
Como esta árvore tem o tronco esverdeado e uma copa muito ampla, é considerada uma das me­lhores árvores no combate à poluição do ar citadino. Por isso foi uma árvore muito plantada na cidade de Londres, quando ali se deu início, há décadas, ao combate ao conhecido “smog”, nevoeiro londrino pleno de fumos, que matou tanta gente e que, praticamente, já não existe nos nossos dias.

Como os fruto dos plátanos são muito pequenos, leves e rodeados de
pêlos basilares, dispersam-se facilmente pelo vento, provocando muitas
vezes reações alérgicas nos olhos e vias respiratórias.

Os plátanos são árvores com grande longevidade, conhecendo-se alguns exemplares do plátano Europeu (Platanus orientalis L.) com cerca de 2000 anos. Não são atacados por insetos, mas são susceptíveis a um fungo (Apiognomonia veneta). O fungo infecta facilmente os plátanos através das feridas resultantes das podas, particularmente das mal executadas provocando-lhes uma doença conhecida por antracnose, que lhes provoca a descoloração das folhas, seguida da perda das mesmas e finalmente a morte. Provoca também a morte prematura das gemas e ocasionalmente, alargada para grandes cancros nos ramos. Esta doença é mais intensa nos verões frescos e úmidos e nas árvores menos adaptadas a estas condições. Felizmente pouca vezes é fatal, pois as folhas que morrem são imediatamente substituídas por folhas novas. Apesar de existir no mercado um fungicida que dá bons resultados contra este fungo, há no nosso país, cada vez mais plátanos doentes, até árvores ainda jovens, devido ao hábito de as podarem anual­mente. A poda é pois um veículo fácil para a propagação de agentes patogênicos. 
(Fonte: http://www.prof2000.pt/users/isaura_r/platano1.htm


1. Plátano (folhas douradas no outono)


Como puderam perceber, neste blog estamos falando basicamente dos plátanos e araucárias e de assunto relacionados com essas duas árvores, inclusive de alguns animais que se alimentam dos frutos e folas dessas árvores. Aproveitando a oportunidade, também estarei fazendo alguns comentários e postando fotos sobre a destruição da fauna e flora nesse mundão.
Em uma postagem anterior, falei alguma coisa e postei algumas fotos sobre a destruição da araucária, hoje estarei mostrando reportagens e fotos da destruição de plátanos em Portugal. Vejam a reportagem abaixo:


Estradas de Portugal abatem Plátanos centenários em Azeitão - Quercus recebeu várias denúncias


Alguns dos plátanos abatidos eram árvores centenárias, de grande porte, algumas com mais de metro diâmetro do tronco, constituindo uma referência paisagística e uma imagem de marca na região, ladeando a Quinta das Torres em frente às caves de José Maria da Fonseca.

A maioria das árvores não apresentava problemas fitossanitários graves que constituíssem uma ameaça séria à segurança rodoviária, pelo que não se entende a razão de recorrer ao abate indiscriminado de todo o alinhamento de árvores onde existiam também ciprestes e outras espécies.

As árvores abatidas já tinham sido podadas em anos anteriores, com algumas intervenções menos cuidadas que, pontualmente, foram passíveis de promover a degradação do seu estado sanitário.

As árvores não se encontravam junto a habitações e o risco de queda para a estrada era reduzido, o que se confirma com as condições climatéricas adversas dos invernos passados sem que tenha caído nenhuma árvore. A eventual queda de ramos podia ser evitada se a Estradas de Portugal efectuassem uma boa gestão do arvoredo com intervenções de podas cirúrgicas com suporte técnico, que resolveriam a situação.

O motivo pelo qual a Estradas de Portugal decidiu abater árvores centenárias em bom estado de conservação indignou a população de Azeitão, assim como muitos automobilistas que circulavam na EN 10 entre Azeitão e Setúbal.
 

Após as denúncias, a Quercus também esteve no local e considera claramente abusivo o abate da maioria destas árvores, dado que existiam outras soluções técnicas a executar. Em alguns dos troncos existentes foram de facto detectados problemas fitossanitários pontuais, mas que poderiam ter sido resolvidos sem o abate de todo o arvoredo. Até a Câmara Municipal de Setúbal reitera o total desacordo pelo abate dos plátanos centenários conduzido pela Estradas de Portugal. Lamentamos pois que a decisão tenha sido a de abater dezenas de árvores sem uma efectiva fundamentação do risco de queda sobre a rodovia.

A Quercus relembra, no entanto, que têm acontecido nos últimos tempos situações semelhantes da responsabilidade da Estradas de Portugal, e que continua a não existir um sistema com apoio técnico que fundamente as intervenções no arvoredo público junto das estradas nacionais. Com efeito, toda e qualquer decisão de abate de árvores públicas devem ser justificadas tecnicamente e sempre que não existam outras soluções como as podas cirúrgicas.


Em reunião agendada para breve com a Estradas de Portugal, a Quercus irá expor as suas preocupações relativas a este tipo de práticas, bem como a necessidade de promoção de um sistema que fundamente tecnicamente a necessidade de abater as árvores, recorrendo a diagnósticos com base em relatórios fitossanitários, incluindo análises de risco para a segurança rodoviária, no sentido de promover uma gestão do arvoredo mais sustentável e coerente.

(Fonte: http://www.quercus.pt/comunicados-nucleo-setubal/1088-estradas-de-portugal-abatem-platanos-centenarios-em-azeitao-quercus-recebeu-varias-denuncias)
Ouriço (mamífero)




Erinaceidae é uma família de mamíferos insetívoros da ordem Erinaceomorpha. Tais animais possuem o dorso coberto por espinhos curtos e lisos, e as partes inferiores por pêlos. Vernacularmente são denominados de ouriços.
Há no mundo 16 espécies de ouriços divididas em cinco gêneros, encontrados em partes da Europa, Ásia, África e Nova Zelândia. Não há espécies nativas na Austrália nem na América do Norte ou do Sul, e os encontrados na Nova Zelândia foram introduzidos. São mamíferos insetívoros que mudaram pouco nos últimos 15 milhões de anos e que se adaptaram à vida noturna. Interessante observar que os ouriços encontrados nas Américas, não são nativos, eles foram introduzidos de alguma forma.

Os ouriços são animais principalmente noturnos, que se alimentam de insetos, caracóis, lesmas e de vegetais. Os seus predadores principais são as corujas e os furões. O ouriço conta com a sua coloração como camuflagem, mas quando ameaçado enrola-se numa bola expondo apenas a face coberta de espinhos.
Geralmente, a comunidade científica faz clara diferença entre o ouriço e o porco-espinho (Hystrix cristata), que é um roedor. No entanto, em Portugal e na Galiza, o ouriço-terrestre (Erinaceus europaeus) recebe indistintamente os nomes de porco-espinho, ouriço, ouriço-cacho, ouriço-cacheiro ou rescacheiro, posto que o habitat do Hystrix cristata na Europa se limita ao sul da península italiana (Sicília e Nápoles), onde foram introduzidos pelos romanos a partir da África.
Uma diferença importante entre estas duas espécies é que os espinhos do ouriço, ao contrário dos do porco-espinho, não se soltam naturalmente, nem são venenosos.
Graças à sua dieta, os ouriços são importantes no controle de pragas, já que são capazes de comer várias vezes o seu próprio peso em insectos e anelídeos.
Os ouriços têm mais de dezesseis mil picos e usam-nos para diferentes necessidades: camuflagem, defesa, ataque, transporte de comida.
Os ouriço possuem um focinho pequeno e quatro patas que se mobilizam bastante bem. Possui tambem uma cauda de 5 cm.
O ouriço hiberna no inverno durante aproximadamente 3 meses, antes recolhe comida e mantimentos para a sua hibernação.

Ficheiro:Hedgehog-en.jpg

Ouriço (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Hedgehog-en.jpg).

Apenas como curiosidade, abaixo uma foto do ouriço-do-mar (vejam como são bem diferentes):



Ouriço-do-mar (Fonte: www.baixaki.com.br).

Apesar do aspecto bonitinho e simpático do ouriço, esse animal quando se sente ameaçado, se defende arremessando espinhos para tudo que é lado. Vejam a reportagem abaixo:


Ouriço-cacheiro é resgatado em cima de árvore, em Morrinhos, Goiás

O Corpo de Bombeiros resgatou na tarde da sexta-feira (3), no Setor Vila Santos Dumont, em Morrinhos, na região sul de Goiás, um ouriço-cacheiro que estava em cima de uma árvore em frente uma residência.

De acordo com os moradores, eles encontraram o animal tentando se alimentar de insetos nos galhos da planta.  Logo em seguida, eles acionaram os Bombeiros, que compareceram na casa, fizeram o resgate do bicho e depois o soltaram em uma área de preservação ambiental da região.

Características
O animal parecido semelhante ao porco-espinho se alimenta de insetos e pode chegar até 20 cm e pesar aproximadamente 1 kg. Ele é um bicho de hábitos noturno, mas pode ser observado durante o fim do dia à procura de alimento. O ouriço-cacheiro chama a atenção por causa do corpo coberto por espinhos, que podem ser arremessados quando o animal se sente ameaçado.


Ouriço-cacheiro resgatado em Morrinhos, Goiás (Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros)

Resgate de um ouriço (Fonte: http://g1.globo.com/goias/noticia/2013/05/ourico-cacheiro-e-resgatado-em-cima-de-arvore-em-morrinhos-goias.html)

Outro animal que consome o pinhão como alimento é o ouriço. Abaixo algumas características e fotos desse bichinho simpático (não confundir com o ouriço do mar).



Erinaceidae
Erinaceidae é uma família de mamíferos insetívoros da ordem Erinaceomorpha. Tais animais possuem o dorso coberto por espinhos curtos e lisos, e as partes inferiores por pêlos. Vernacularmente são denominados de ouriços. Wikipédia
Classificação: Família

Em Portugal é denominado como ouriço-caixeiro.

1. Ouriço (Fonte: obiologoamador.blogspot.com)


2. Ouriço (Fonte: obiologoamador.blogspot.com)


3. Ouriço (Fonte: obiologoamador.blogspot.com)


sexta-feira, 10 de maio de 2013

Além do consumo do pinhão pelo homem, outros animais também o utilizam como alimento. Vejam alguns exemplos abaixo:

Foto:
1. Gralha-picaça


Nome Científico: Cyanocorax chrysops
Família: Corvidae
Ordem: Passeriformes
Distribuição: No Brasil, ocorre nos estados de Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, e Rio Grande do Sul. Também são encontradas na Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia.
Habitat: Presente em matas de araucárias, subtropicais, de galeria e cerradões, Mata Atlântica montana, pinheirais e eucaliptais. Têm preferência por locais altos da floresta. Raramente descem ao chão (exceto quando derrubam um alimento, que buscam prontamente).
Alimentação: Em matas de araucárias consomem pinhões, mas também são rejeitam insetos, frutos e, às vezes, ovos de outras aves.
Reprodução: Põe de 6 a 7 ovos grandes, de cor azul-celeste com detalhes brancos. Na época reprodutiva deixam os bandos, geralmente de 10 a 20 indivíduos, para viver a dois. O ninho é feito em árvores altas e espinhentas, para evitar predadores.
Com amplo repertório vocal, a gralha-picaça têm cerca de 25 vocalizações diferentes. Pode, inclusive, arremedar a fala humana, como os papagaios. Mas seu canto, em geral, é tagarelante.

Também conhecida como acaé, cancã, gralha, gralha-de-crista-negra, gralha-do-mato e uraca, ela tem uma cor azul ultra marinho (exceto na cabeça). O pescoço anterior e a garganta são negros, já o peito, a barriga e a ponta de cauda são brancos (amarelado).

No alto da cabeça penas negras formam uma almofada de pelúcia, bem característica na espécie. Voam bem, para atravessar a ramagem pulam meio voando, lembrando a alma-de-gato.

Caçam em qualquer altura, usam os dedos para segurar a comida, enfiam o bico pontiagudo fechado numa fenda, a qual depois forçam, abrindo as mandíbulas. Aves fáceis de observação.

(Fonte: http://www.terradagente.com.br/fauna/0,0,2,193;4,gralha-picaca.aspx ).


Estudos e pesquisas, mostram que diferentes animais consomem o pinhão como alimento.

Em visitas técnicas em propriedades produtoras de pinhão da região metropolitana de Curitiba (dia 27 de março de 2010 – último sábado), já é possível identificar sinais da fauna que sai em busca de alimento, onde algumas pinhas já foram encontradas no chão, e com sinais de que ouriços as derrubaram.
Os animais (ouriços) sobem nos pinheiros e vão até as grimpas onde estão as pinhas, e de onde já é possível, para eles se alimentar com pinhões. Outro animal que costuma subir nos pinheiros na busca por pinhões é a serelepe, porém, a serelepe não deixa danos tão expostos quanto o faz o ouriço.



2. Sinais de mordida produzidas por animais na pinha da araucária 
(Fonte: http://portaldaaraucaria.blogspot.com.br/2010/03/fauna-do-parana-ja-aproveita-o-fruto.html).




3. Sinais de mordida produzidas por animais na pinha da araucária 
(Fonte: http://portaldaaraucaria.blogspot.com.br/2010/03/fauna-do-parana-ja-aproveita-o-fruto.html).


De um modo geral, as árvores produzem frutos, alguns comestíveis outros não. A araucária por exemplo, produz o pinhão, amplamente consumido como alimento pelos seres humanos e outros animais. Podem ser utilizados das mais diferentes maneiras, cozido, assado, em bolos, farofas, molhos, etc
Vejam algumas fotos do pinhão:


1. Pinhão (Fonte: naturezadivina.org.br)



2. Pinhão (Fonte: portaldaaraucaria.blogspot.com)

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Destruição das matas de araucária

Infelizmente, ainda hoje, podemos observar uma grande destruição das araucárias...mas já foi muito pior.


Destruição da araucária (Fonte: g1.globo.com).


Toras de araucárias apreendidas pelo Ibama (Fonte: www.ibama.gov.br).


Destruição da araucária (Fonte: willianbill.blogspot.com).


Destruição da araucária (Fonte: www.ecodebate.com.br).

Propaganda antiga de caminhão carregado de toras de araucárias (Fonte: http://blogs.estadao.com.br/reclames-do-estadao/2011/05/page/2/).



Propaganda antiga de caminhão carregado de toras de araucárias (Fonte: http://blogs.estadao.com.br/reclames-do-estadao/2011/05/page/2/).

Ficheiro:CasaDeItaloMassotti.jpg
Destruição da araucária. Propriedade de Italo Massotti em Caxias do Sul, fins do século XIX. Note-se as toras de araucária no chão, diante da casa do colono, que é feita de suas tábuas. Ao fundo, a floresta já devastada, com alguns espécimes ainda de pé. Foto do Arquivo Histórico de Caxias do Sul. (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Arauc%C3%A1ria).








Cultivo da araucária


O pinheiro-do-paraná, também conhecido como pinheiro-araucária, pinheiro- brasileiro, dentre outras denominações, é uma espécie que teve sua origem há 200 milhões de anos, quando surgiram as árvores primitivas com sementes sem frutos, as coníferas, ordem a que pertence a Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze.

As espécies da família Araucariaceae encontram-se unicamente no Hemisfério Sul, sendo que apenas duas delas ocorrem na América do Sul: a Araucaria angustifolia e a Araucaria araucana. O pinheiro-do-paraná apresenta ampla área de ocorrência natural, abrangendo populações esparsas na região Sudeste, em toda a região Sul do Brasil, na Argentina (região de Missiones) e no Paraguai, pontualmente.

O pinheiro-do-paraná apresenta grande porte, podendo atingir até 50 metros de altura, formando o estrato superior da floresta. Quando jovem, as plantas possuem copa em forma de cone, tomando forma de taça na idade adulta. O tronco é reto e ramifica-se apenas no topo, formando uma copa característica. As folhas são de coloração verde-escura e persistem durante o inverno.

A espécie destaca-se na paisagem pela rara beleza, além de ocorrer em vários estados brasileiros, como Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os pinheiros dominaram a paisagem no Sul do Brasil, na sua área de ocorrência, provavelmente desde a última glaciação até o final do século 19, contudo, na atualidade, sua área remanescente é bem menor, comparativamente aos 200 mil km² estimados da área originalmente ocupada.

Em função da redução da Floresta Ombrófila Mista (Floresta com Araucária) para menos de 1% da sua área original, várias restrições têm sido impostas à exploração desse bioma, especialmente de sua principal espécie, a Araucaria angustifolia. Assim, é de grande importância o plantio dessa espécie para as diversas finalidades, pois somente dessa forma será possível utilizá-la, sem comprometer o patrimônio genético restante já tão ameaçado. A publicação eletrônica de mais esse sistema de produção insere o pinheiro-do-paraná no grupo de espécies que farão parte do processo de criação de uma agência de informação sobre espécies florestais de importância socioeconômica e ambiental.

Fonte: (http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Araucaria/CultivodaAraucaria_2ed/).


Araucária (www.ra-bugio.org.br).

Araucária (colunas.revistaepoca.globo.com).


Araucária (flordeipe.wordpress.com).




Antigamente, a madeira da araucária era comercializada indiscriminadamente, reduzindo dessa forma, a sua presença em grandes áreas geográficas do Brasil. Recentemente, houve um movimento procurando minimizar essa situação. Programas do governo, procuram aumentar e incentivar o seu plantio e a sua conservação. Vejam as fotos abaixo:

 
Mudas da araucária (Fonte: jc3.uol.com.br).


Mudas da araucária (Fonte: patrulhaambiental.blogspot.com).


Mudas da araucária (Fonte: saojoaquimonline.com.br).

Outra árvore típica de climas frios e temperados é a araucária. Vamos conhecer um pouco sobre elas.


A araucária [Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze 1898] é a espécie arbórea dominante da floresta ombrófila mista, ocorrendo majoritariamente na região Sul do Brasil, bem como no leste e sul do estado de São Paulo, extremo sul do estado de Minas Gerais, e em pequenos trechos da Argentina e Paraguai, sendo conhecida por muitos nomes populares, entre eles pinheiro-brasileiro e pinheiro-do-paraná; é também chamada pelo nome de origem indígena, curi. A espécie foi inicialmente descrita como Columbea angustifolia Bertol. 1819.
Sua origem remonta a mais de 200 milhões de anos atrás, quando sua população se disseminava pelo Nordeste brasileiro. Conífera dióica, perenifólia, heliófita, pode atingir alturas de 50m, com um diâmetro de tronco à altura do peito de 2,5 m. Sua forma é única na paisagem brasileira, parecendo uma taça ou umbela. Ocupando uma área original de 200 mil km², a partir do século XIX foi intensamente explorada por seu alto valor econômico, dando madeira utilíssima e sementes nutritivas, e hoje seu território está reduzido a uma fração mínima, o que segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) coloca a araucária em Perigo Crítico de Extinção.
A araucária, apesar de popular, não é conhecida completamente pela ciência. Diversos estudos vêm sendo feitos recentemente para entendermos melhor a ecologia e biologia desta árvore; também são necessários para orientar as urgentes medidas de proteção que ainda precisam ser tomadas para assegurar a sobrevivência desta espécie sensível e altamente especializada em um ambiente que rapidamente vai sendo invadido e destruído pelo homem, mas ainda persistem muitas incertezas e contradições em vários aspectos. Esse conhecimento imperfeito da matéria, que confunde até a conceituação e aplicação das leis ambientais que deviam protegê-la e ainda não conseguem fazê-lo - veja-se o recuo continuado das áreas onde sobrevive - mais as variadas exigências que a planta impõe no cultivo planejado para que possa render bem, desanimam muitos reflorestadores, que preferem espécies mais bem conhecidas, de crescimento mais rápido e que não demandem tantos cuidados. Entretanto, os estudiosos são unânimes em declarar a necessidade de sua salvação, tanto por sua importância econômica e ecológica como paisagística e cultural. Tornou-se, não por acaso, símbolo do estado do Paraná, deu o nome a Curitiba, e aparece nos brasões das cidades de Araucária, Ponta Grossa,Caçador, Campos do Jordão, São Carlos, Apiaí, Taboão da Serra e Itapecerica da Serra
(Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Arauc%C3%A1ria).

Vejam algumas fotos dessa árvore:



  1. Araucária (www.plantasonya.com.br).

     

     
    3. Araucária (Fonte: www.baixaki.com.br).

Observem essa foto de um plátano no inverno, está praticamente sem nenhuma folha.



Plátano no inverno (Fonte: orapitangas.blogspot.com)

Vejam uma semente também:


Semente de plátano (Fonte: www.luso-bonsai.com)


Outra característica do plátano, são suas sementes, lembram um ouriço. Vejam as fotos:


Sementes do plátano (Fonte: http://olhares.uol.com.br/folhas-de-platano-foto5440136.html)


Sementes do plátano (Fonte: luizaroldo.wordpress.com)


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Sementes do plátano (Fonte: luizaroldo.wordpress.com)